“Mulher-Maravilha” vence e acompanha realização de sonho do cunhado

IMG_20161127_104327494

Escolhida para fechar a temporada 2016 do Projeto De Braços Abertos, a comunidade do Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, acolheu aproximadamente 1500 inscritos para as corridas de 6km, para adultos, e Kids, para crianças entre 1 e 13 anos. Muitas pessoas que completaram a prova aproveitaram para acompanhar seus parentes e amigos na corrida das crianças. Caso de Stephani De Moraes, campeã feminina na categoria comunidade.

A vestimenta em homenagem à Mulher-Maravilha não era por acaso. Moradora do Santa Marta, Stephani fez bonito e ficou com a terceira colocação geral entre as mulheres, apenas um minuto e 13 segundos atrás da campeã Marta Pinheiro.

“Fiquei muito feliz com a minha performance. Conheço bem o percurso, mas foi bem diferente da edição do ano passado. Foi bem difícil conquistar uma boa posição, até porque participei de uma corrida nesta semana. Eram muitas subidas, então a perna ficou um pouco cansada. Com o apoio da comunidade consegui me superar”, comentou.

Pouco depois de correr os 6km do percurso montado pela organização do Projeto De Braços Abertos, a carioca se dirigiu para a corrida kids. Lá, uma das pessoas mais importantes da sua vida teria um momento único. Acometido por uma hidrocefalia – síndrome provocada pelo aumento do líquido que circula nas cavidades cerebrais -, Diogo Moreno, seu cunhado, tem movimentos limitados da cintura para baixo. Coube a Stephani, a missão de leva-lo para uma experiência inesquecível.

“O Diogo tem hidrocefalia e algumas limitações. Por exemplo, ele não possui movimentos do joelho para baixo. Apesar disso, ele sempre se mostra muito feliz quando tem a oportunidade de ver e praticar algum esporte. Fiz questão de acompanha-lo na prova e poder vivenciar essa alegria junto com ele, não tem preço. O fato de trazer mais oportunidades como essas para dentro da comunidade, prova o quão importante é o Projeto De Braços Abertos. Queremos ter mais oportunidades como essa”, disse.

Criada em Jacarepaguá, a vencedora da categoria comunidade foi morar no Santa Marta por intermédio de Gílson, seu marido e morador da localidade. Com as corridas de rua no sangue desde 2004, ela conta que o esporte sempre esteve presente como algo importante na sua trajetória.

“Eu sempre pratiquei atividades relacionadas ao esporte.  Desde a minha infância foi algo muito presente na minha vida. A corrida chegou para ficar. Amo correr e incentivar os outros a praticarem uma atividade física. Espero continuar fazendo isso por muito tempo. Essa comunidade tem muito potencial”, concluiu.